quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Algumas pérolas da Língua Portuguesa que no dia a dia cometemos sem perceber...

É importante sempre ler muito, escrever, rever e refletir para não escrevermos bobagens e acharmos que estamos certinhos, dentro do rigor da língua.


Aí vão alguns exemplos.

1) Aquela mercadoria tem um preço caro demais!

    Caro já quer dizer preço alto, elevado.

    O correto seria:
    Aquela mercadoria é cara demais! ou Aquela mercadoria está com preço alto demais!

2) cinco dias atrás fui ao cinema com meu irmão.

     Há e atrás são redundantes pois há significa tempo decorrido e atrás, algo do passado; portanto o verbo haver exclui o advérbio atrás. Não é necessário este!

     O correto seria:
     cinco dias fui ao cinema com meu irmão.

3) Ele falou as últimas palavras antes de morrer.

    Falar é verbo INTRANSITIVO, não requer complemento. Ao invés de usar este verbo deveria ser usado o DIZER que é transitivo direto.

    O correto seria:
    Ele disse as últimas palavras antes de morrer.

4) Joana comentou sobre as últimas novidades da festa de domingo.

    Comentar sobre é errado, se diz comentar alguma coisa.
    Últimas novidades é redundante. Novidade já são as notícias recentes de um fato.

    O correto seria:
    Joana comentou as novidades da festa de domingo.

    Sentidos semelhantes:
    Lurdes sempre faz amigos novos por onde passa.
    O técnico enfiou a mão dentro da estufa e acabou se machucando.
    A mãe saiu pra fora de casa para atender o filho em perigo.

5) À medida em que o tempo passava ia ficando mais nervoso.

     Não existe a expressão À medida em que e, sim, À medida que.

     O correto seria:
     À medida que o tempo passava ia ficando mais nervoso.

6) Por que você veio hoje? – disse a moça.

    Quando há uma pergunta, no discurso direto, devemos usar em vez de dizer, um verbo sinônimo de perguntar, interrogar...

    O correto seria:
    Por que você veio hoje? – questionou a moça.

Não esqueça que até grandes escritores cometem erro. Fique atento para não escorregar nas armadilhas da língua e na linguagem informal. Quando se escreve devemos ter em mente sempre as regras da norma culta para não sairmos falando, quer dizer, escrevendo bobagem.

Baseado em ensinamentos do Prof. Pasquale Neto